Psicóloga Milene Viana

Ser Mãe e Ser Pai
Como te sentes nesse papel?

Frequentemente ouvimos dizer que ser mãe ou pai é a melhor e mais difícil tarefa do mundo. Por um lado, a parentalidade oferece um sentido profundo de propósito e significado, trazendo satisfação, realização e gratificação pessoal. Por outro lado, as responsabilidades e exigências de educar uma criança apresentam desafios significativos, geram stress e, muitas vezes, sentimentos de sobrecarga.

A parentalidade é um processo dinâmico que se desenvolve e transforma consoante as necessidades, características e desejos dos filhos/as e dos pais/mães. Este processo pode IMPACTAR de forma profunda, positiva ou negativa, o desenvolvimento das crianças e a harmonia do ambiente familiar.

Hoje em dia, os pais e as mães enfrentam um bombardeamento constante de “conselhos” e informações sobre estratégias educativas, provenientes de diversas fontes, como as redes sociais, a televisão, os livros e o convívio social. Esta situação cria uma enorme pressão e expectativas sobre o desempenho parental. Em muitos aspetos, ser mãe ou pai parece mais desafiante agora do que era há algumas décadas, acompanhando as mudanças na dinâmica e na relação entre pais e filhos.

Ser mãe ou pai envolve garantir a saúde e a segurança das crianças, acolhê-las, incentivá-las e orientá-las. Implica também transmitir valores sociais e culturais e ajudá- las a desenvolver competências que as tornem indivíduos autónomos e capazes.

Um ambiente de vínculo seguro, papeis claros e estabelecidos entre pais e filhos permite às crianças desenvolverem relações saudáveis com os outros, desenvolve uma boa comunicação, aprender a estabelece limites e regras, constrói uma boa autoestima, autoconfiança e um melhor desempenho escolar.

Por outro lado, a ausência de cuidados parentais adequados pode aumentar o risco de problemas físicos (como obesidade ou doenças cardíacas) e psicológicos (como ansiedade, agressividade ou dificuldades comportamentais).

A parentalidade adequada depende de vários fatores, incluindo as experiências dos pais na infância, as circunstâncias da vida no momento da educação, o temperamento da criança, a qualidade da relação conjugal, a existência (ou não) de uma rede de apoio, bem como o contexto social e familiar em que vivem.

Ressalto abaixo alguns desafios de ser mãe e pai tais como:

  1. (Des)equilíbrio entre a vida familiar e profissional;
  2. Ritmo de vida acelerado;
  3. Sobrecarga de informação;
  4. Cultura da culpa;
  5. Parentalidade na era digital.

Como psicóloga trago sugestões abaixo de como lidar com os desafios listados acima, com o principal objetivo cuidar de quem assume esse papel na parentalidade.

  1. Investir no autocuidado para prevenir a exaustão mental;
  2. Buscar o autoconhecimento para conciliar os diferentes papeis da vida, identificando alguns deles como prioridade de acordo com seus valores;
  3. Lidar com alguns mitos da parentalidade;
  4. Desvalorizar algumas comparações;
  5. Perceber a importância da hierarquia, comunicação firme, respeitosa e amorosa;
  6. Diminuir a culpa;
  7. Perceber que não há receita pronta para este processo, mas que há um único objetivo, ter filhos autónomos, seguros, resilientes e regulado emocionalmente.

CUIDAR DE QUEM CUIDA É FUNDAMENTAL

A partir de agora iremos trazer-lhe mais informações que o irão auxiliar na parentalidade, com o intuito de o ajudar a cuidar de si e de quem o rodeia.

À Sua Disposição, Psicóloga Milene Viana

Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
Mestre em Psicologia. Especialista em Saúde Mental e Terapia Cognitivo Comportamental.
Mais de 15 anos de experiência como psicóloga.
Experiências em escolas no acompanhamento de alunos e orientação dos pais em Portugal e no Brasil.

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